20050910

É proibido sonhar

A cada dia traço um passo
um passo que não faço
pois para ele não há espaço
que de tão pequeno me exprímo
me comprime, me mata, um suicídio
virtuoso, um coloso incestuoso,
magnífico nessas palavras que dedico
a tí, cara dor, o temor impetuoso
a frente de minha ingenuidade pomposa
pois escrevo agora em verso não em prosa.

Tortura mais pura que o amor,
fere na batida, contida no orifício
no buraco que minha alma criou com rancor
à bondade, o puro sacrifício

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