Era uma vez um menino. Loiro de olhos negros. Ele via o mundo de uma forma. Nem bela nem feia, somente diferente. Sua visão o capacitava ver um universo, ou melhor, não só um mas milhares de universos que as outras pessoas nem desconfiavam. Mas ele foi preso. Preso pelas correntes internas que o castravam de toda sua imaginação. Era a realidade que cortava com lâminas de aço e dentes sedentos por sangue que o intimidavam e intimavam a seguir o curso natural da vida. Seu sorriso não era mais o mesmo. O universo real o deixava tímido, medo do ridículo. Claro que esse universo era trapaceiro. Pregava peças em sua mente. Diz ele que um dia irá se vingar...