20050502

Sem meio nem começo nem fim

Acordei com sono hoje. Estranho para alguem que nunca sentiu isso de manhã. Quero voltar para cama, sonhar... Está frio. Congelando, talvez. Levanto-me com os olhos fechados, mas não importa. Está escuro e minha visão seria resumida a zero mesmo com as pálpebras abertas. Vago como um sonâmbulo pelo quarto e acho o interuptor. Acendo o farol iluminado do recinto e em instântes a claridão imerge e finalmente abro rápidamente os meus olhos. Acordo. Apoio a minha mão na escrivaninha antiga e tento recordar as tarefas matinais. Tudo muito confuso. Em volta de toda essa luz, o escuro, mais noite que a noite, ainda domina a mente, fraca. Memórias se embaralham com emoções e sentimentos. Esqueça. Desligo a luz, talvez a clareza venha de dentro não de fora. Abro a porta e introduzo-me ao corredor. Sinto-me embriagado, embora esteja em todas as minhas condições físicas aptas. Engatinhho até o banheiro, onde as pedras de mármore refletem os pequenos raios de luz que penetram pela minúscula janela de cima. Sento do lado do lavábo e conto carneiros. Não quero durmir mas tambem não quero estar acordado. Estar no meio-sonho e na meia-realidade, no meio-fio da vida, entre o bem e o mal. Levanto e abro o armário. Escolho uma entre as várias escovas de dente, mas não a minha acho, era uma vermelha, não gosto de vermelho. Molho as cerdas embaixo da pequeno ducha da torneira e esprimo com angústia o final do tubo da pasta dental. Meus pés estão quase dormentes, devido ao contato deles com a pedra gelada. Mas não importa já que o resto do corpo não corresponde mais as minhas vontades. Deito no chão a espera... de algo

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