20060216

reunion

Estou com a mente atarefada. Problemática. Mas mesmo assim saio de casa para ver rostos sem evolução há quase 20 anos. Será que eles serão muito diferentes do que minha lembrança recorda? No caminho criei certas imagens de velhos com crianças, pessoas casadas. Começo a me entregar aos pensamentos usuais que cruzam a minha cabeça quando estou nostalgico. Como queria voltar a essa época... Não que a minha atual idade, cheia de angustia, não me traga bombons recheados na páscoa. Mas ainda falta algo. Talvez acho que nunca terminei esse capitulo do lívro. Pulei sem querer, ou talvez por medo. Medo de algo moresse no final do mesmo. Simplismente parti pra outro ponto de minha história sem nexo e irracional assim como uma formiga se junta as outras para formar um colonia de escravos. Chegando no local abri a porta com um certo nervosismo. Mãos suadas, como sempre. Não sei se estou sempre nervoso ou se fico nervoso pois sempre estou com mãos molhadas. É num hotel bastante chique, onde sempre há essas estúpidas convenções de negocios. Deveria estar acostumado com esse lugar, mas não estou. Talvez porque ao contrário das convenções, as pessoas daqui me conhecem. Ou se não conhecem, não lembrariam de mim. Não sei o que seria pior. Com passos largos, para fingir uma certa auto-confiança, andava pelo corredor até o salão designado. Ao ver a multidão de novos velhos rostos, um certo frio na espinha transcorre, e água derrete pela minha face. Perambulo um pouco. Espero que alguem faça contato comigo primeiro. Não quero parecer um bobo que ninguem conhesse, mesmo que conhesse mas fingesse que não. Embora tento disfarçar a minha apatia era evidente no meu tropeçar nos objetos e, ocasionalmente, as pessoas em volta. Acho que faço de propósito, mesmo parecendo imbecil, talvez isso chame a atenção de algum olho conhecido. Ainda bem que essa reúnião tem petiscos. Senão não sei como poderia mostrar que eu pertencia a esse lugar. Ao morder uma parte de um sanduíche, percebi. Não sou só eu que está na mesma situação. É momento oportunuo para relembrar contatos. Embora, eu na verdade não conheço as pessoas que estão na mesma situação, acho que se conhecesse elas teriam conversado comigo, eu presumo. Um pouco mais relado, já que descobri que não sou o único peixe fora d´agua, sento-me na cadeira pouco confortável ao meu lado. O salão é realmente muito grande. Até mesmo para a quantidade de pessoas. Incrivelmente essa reunião não me tira dos problemas pessoas que tenho. Vou me retirar sem ter dito uma só mísera palavra. Provocadamente me auxílio a chegar a saída, ou entrada, pois eram ocupavam o mesmo espaço. Passos adiante, viro-me, suspiro e penso: Acho que nunca terei coragem de re-ler o capitulo. E nem chance mais tenho, ele acabara de ser arrancado do lívro.

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