20050629
20050622
Virando a página
Ò deuses, peço perdão
Por tão ingênuo e fraco fui
Sem poder ver a luz
Me expus tão completamente
Que de pele em carne viva transformei
Dor dos ouvidos não ouví, somente pelos
Sentidos. Aqueles que são astúcios, que
Não ferem em público, são secretos e volúveis
Sem razão de dúvida, essa mística que
Não tem mágica. Fatídica hora do ser, que
Não quer me ver, sem comigo sofrer
Ó deuses, já disse, suplíco
Não quero sentir... me sacrifíco
Não mais. Odeio tudo que me ama
Que drama a vida do infeliz
Que mais infeliz é, pois que percebe
Que tem tudo para aleger ser.
Dor. Sofrimento imbecil.
Sem motivo para fraco continuar
Me faça forte, ó dor que me atinge
Sem alicerce, aliança humanoide
Que alimenta
Que provoca
Que simplismente é, existe
Fabrica o medo e tolice.
Chega de fraqueza, chega de existência
Dor da mediocridade da falta
Sentidos, falta deles.
Me fiz de forte para fraco ser.
Não gosto quando o capítulo de um lívro acaba. Tenho mêdo. Sempre acabo achando que o capítulo seguinte não será tão bom ou será pior que o anterior... prefiro re-lêlo a virar as páginas. Mas inevitavelmente, o vento, o dono do nosso destino, no qual não temos poder algum, acaba movendo essas páginas e nos jogando em um capítulo qualquer. E talvez esse capítulo se trate de uma história nova que não tem nada a ver com a que prossegue. De um drama policial para uma comédia negra... Chega de risadas e as lágrimas de seu local pós-ocular se esvaziam e aterrisam nas páginas que envelhecem e apodrecem assim como alguns capítulos e páginas e histórias da vida. Quero um e-book.
20050617
Today
Doomed forever ´lone
Lost between heaven, hell
Forsaken soul
Which I’ve got an offer to sell
I’ve sold for the price of a feeling
But in exchange, life has no meaning.
Expert in dealing hearts
and how, how did I lose my sweet tart
20050615
Sitting waiting wishing
You´ll stay in my heart
Forever and ever
You´ll stay in my mind
Forever and never
I´ll throw you away
Always and always
I´ll be waiting for you.
20050614
My own prison - Mind loses itself in midst of all the worries
Liberdade. És o que? Sublime liberdade... tão procurada mas será que ela está nos cartazes políciais, cães da lei ambígua? Ela está em cada um de nós. Aprisiona-se a partir de acontecimentos em vida. Essa vida é encarcerada e servida com apenas uma refeição magra à tarde. Para chegarmos a essa liberdade não pode-se olhar pela janela, criar uma ilusão entre as barras, viver a vida do quase, do sonho. Para se libertar é necessário a revolta, revolução, destruir a cela, ter o ódio e o amor contidos, condensados juntos para soltar-se das algemas, ser esperto para decifrar as entranhas da fechadura e força, vinda da alma, do zen, o alcance entre yin-yang, o extremo do puro e bom e do mal e grotesco, afinal se se é prisioneiro se é o próprio agente carcerário. Puni-se a sí mesmo, cruzifica-se. Mas no final, nessa liberdade, pode-se sair da prisão, e o que ela leva? A descobrir a verdade, a viver a verdade. Só que e se a mentira traz uma felicidade maior que a verdade? Essa é a questão mais importante que existe... trocar a doce ilusão pela cruel realiadade e ser livre? Ou viver o sonho e deixar que nada o estrague, pois se é o dono das mentiras e das alucinações, o dono da própria cela... quem poderá arruina-lá?
20050611
11 de junho, Take me out.
You know i'm here waiting for you...
I'm just a crosshair,
just that shot away from you.
And if you leave here
You leave me broken, shattered alive.
I'm just a shot..then we can die
I know I wont be leaving here without you
I say don't you know
You say you don't know
I say... take me out
Peça de teatro sem ensaios entitulada "Vida"
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.
Ato I Cena IX - Quarto dos demônios
É o grande dia. De tudo mudar. Ou de nada alterar. É o dia do julgamento. Do arrebatamento? Da cruz... O Milagre está por vir. Joyeuse Aniverse!
Holden se olha no espelho. Sorri levemente. Ajeita o cabelo e passa creme por seu corpo. Encara o espelho. Afina o olho, cola as sobrancelhas com a pálpebra.
Holden: Você está falando comigo? (Olha para os lados e volta a encarar o espelho) Você está falando comigo?(Olha novamente para os lados) Acho que você está falando comigo, só pode ser, pois sou o único que nesse quarto remanesce.
Com força sobrehumana, ele fecha o punho e destroi o espelho. A mão ensanguentada não nega a dor. O leve sorriso maroto se torna uma escultura de reflexão, de alívio. A rachadura no vidro esconde o rosto mas multiplica a face.
Holden: Ah... esse sou eu. Lembrei agora.
Vira as costas e alonga os braços. O som do silêncio é tão doce. Ele aproxima-se da porta do quarto. Abre o obstáculo entre o quarto e o corredor. Respira fundo e deixa-se se levar pela correnteza de ar que por ele passa.
Holden: Finalmente. Livre. Espero que não volte.
Os gritos, as vozes estão aumentam seu volume mas não pertubam esse som do silêncio que de tão doce, me faz ser capaz de tudo.
20050607
"Where is My Mind" - Pixies
Try this trick and spin it, yeah
Your head will collapse
But there's nothing in it
And you'll ask yourself
Where is my mind...
Way out in the water
See it swimmin'
I was swimmin' in the Carribean
Animals were hiding behind the rocks
Except the little fish
But they told me, he swears
Tryin' to talk to me to me to me
Where is my mind...
Way out in the water
See it swimmin' ?
With your feet in the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, yeah
Your head will collapse
If there's nothing in it
And you'll ask yourself
Where is my mind?
20050605
Poema em linha reta.
Superação
Como superar,
Algo que é bom?
Sendo melhor ainda.
Uma hora chega-se a um ponto
Que não há como melhorar.
Portanto qual a razão de continuar?
Não há...
Há a necessidade de mudar
Criar algo diferente do que foi criado
Por sí ou pelos outros. Quebrar
Paradigmas, dogmas, convenções, doutrinas
Tudo que foi moderno vira passado.
E ele atravessa a passagem contrária ao
Viajante anterior.
A superação
A super ação
A ação mais que ação
Vem da destruição
E da sua reconstrução,
Recriação
Que por ela sublimará.
20050604
Perhaps, vielleicht, peut´etre...
qua.se adv do Lat. quasi, como se
1 Perto, proximamente, no espaço e no tempo: Falei-lhe quase no ouvido. Tinha quase oitenta anos. São quase duas horas. 2 Com pouca diferença: Colheram quase todo o proveito
Quantos quases já passaram pela vida? O quase repeti de ano, aquele quase amor da minha vida, aquela que eu quase beijei, o quase me ferrei ontem a noite, quase é quase infinito. Existe quase para quase tudo. Só não existe quase para quase nada. Enfim, esse quase não é bom nem ruim. Ele é imparcial e indiferente. Mas o quase abre uma janela de pensamento muitíssimo interessante. Desdobra a pergunta “O que poderia ter sido?”. O que ocorreria se eu tivesse conseguido isso ou ter feito aquilo? O quase é a porta da dúvida. Ele é sádico e nós somos os masoquistas. O medo do quase nos mata... mas nós gostamos dessa tortura. Essa realidade do sem-quase, é inevitável, pois gostamos de imaginar as imensas possibilidades infinitas. Cada fato que quase foi ou não foi, poderia ter atingido-nos de forma quase, alias, certamente incauculáveis. O quase se torna uma das razões pelas quais deve existir “destino”, senão qual seria a função da mesma? Mas em nossa quase-realidade, quase se torna uma palavra que quase não tem sentido.
20050603
matrix.
"Gene mestre" determina a preferência sexual
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/herald/2005/06/03/ult2680u94.jhtm
Será que somos todos predistinados? Todas as nossas escolhas na verdade não são escolhas e sim corredores estreitos com janelas enormes, porem fechadas? Dadas as opções, sempre escolheremos a mesma opção, não importan quantas vezes nos depararmos na mesma encruzilhada? A inclinição está cada vez mais para o terrível, 1984, sim. Todas as nossas escolhas está contido em nossos genes, as nossas bases nitrogenadas que nos tornam cada geração mais robô. O lívre arbítrio dado a nós pela entidade maior é apenas balela, não passa apenas de uma mísera ilusão de liberdade. Estamos pre-escolhidos, predestinados a ser nós mesmos não importa a circunstância. Parte de uma formula enorme que não apresenta solução. Na notícia devastadora, está explicito que sou heterosexual não por escolha e sim porque fui escolhido para ser tal. Não sou as minhas escolhas, sou apenas a ilusão delas, o reflexo da minha carga genética.
