qua.se adv do Lat. quasi, como se
1 Perto, proximamente, no espaço e no tempo: Falei-lhe quase no ouvido. Tinha quase oitenta anos. São quase duas horas. 2 Com pouca diferença: Colheram quase todo o proveito
Quantos quases já passaram pela vida? O quase repeti de ano, aquele quase amor da minha vida, aquela que eu quase beijei, o quase me ferrei ontem a noite, quase é quase infinito. Existe quase para quase tudo. Só não existe quase para quase nada. Enfim, esse quase não é bom nem ruim. Ele é imparcial e indiferente. Mas o quase abre uma janela de pensamento muitíssimo interessante. Desdobra a pergunta “O que poderia ter sido?”. O que ocorreria se eu tivesse conseguido isso ou ter feito aquilo? O quase é a porta da dúvida. Ele é sádico e nós somos os masoquistas. O medo do quase nos mata... mas nós gostamos dessa tortura. Essa realidade do sem-quase, é inevitável, pois gostamos de imaginar as imensas possibilidades infinitas. Cada fato que quase foi ou não foi, poderia ter atingido-nos de forma quase, alias, certamente incauculáveis. O quase se torna uma das razões pelas quais deve existir “destino”, senão qual seria a função da mesma? Mas em nossa quase-realidade, quase se torna uma palavra que quase não tem sentido.
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